quarta-feira, março 19, 2014

A moralidade dos Cortes

Nem toda a despesa na educação é boa, cortar na saúde nem sempre é mau. Será que há alguma função do estado que precise mesmo, mesmo de dinheiro? Não seria melhor funcionar só com voluntários, boa vontade e civismo? Espera, e se em vez do Estado investir, abríssemos todos estes ramos ao sector privado? Nesse caso não era preciso o Estado gastar dinheiro nenhum. E se prescindíssemos até dos deputados e Assembleia da República? E de todos os ministros do governo, e seus secretários e sub-secretários, adidos e assessores, seu carros e subsídios de almoço? Pode ser que nem seja necessário cobrar impostos. Ou procurar rectificar a desigualdades sociais. Ou ter democracia. Podia haver alguém rico que não precisasse de salário a liderar o país.¡Porra, não se finjam de estúpidos, nem actuem como se nós fossemos! Estão a falar de cortes significativos que comprometem o funcionamento de sectores públicos e a satisfação real de pessoas e do país. Se a questão fosse melhor gestão dos recursos limitados, nomeiem melhores gestores, em vez do sobrinho do vosso conhecido da praia do Meco. Cortar mais em sectores já asfixiados "é mau". Dá lá volta a essa realidade.

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